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A Acupuntura das Ervas Medicinais

A acupuntura é uma prática oriental que, através da inserção de agulhas muito finas em determinados pontos do corpo, promove o equilíbrio e o tratamento de diversos distúrbios de saúde.

Estes pontos são chamados de “acupontos” e se situam ao longo de um longo circuito de energia conhecido como “canais” ou “meridianos”.

Cada um dos principais órgãos do corpo tem seus respectivos canais e, em cada um destes canais, existem dezenas de “acupontos”, que podem ser estimulados ou sedados através do uso de agulhas.

Cada um destes canais é duplo, ou seja, tem uma rota de energia idêntica em cada um dos lados do corpo. A exceção dos canais vaso governador e vaso concepção, que não estão diretamente ligados a nenhum dos principais órgãos internos, mas que tem funções muito importantes também.

Existem canais que são muito extensos, como o canal da bexiga, por exemplo, que tem mais de 60 acupontos e que vai do dedo mínimo, até a cabeça.

Outros canais podem ser bem menos extensos, como o canal do pulmão que tem apenas 11 acupontos e vai da proximidade do ombro até o dedo indicador.

Independente da extensão dos canais, cada um dos acupontos são um universo em si mesmos. Podem, com um único estímulo, promover o equilíbrio de diversas questões de saúde, inclusive em órgãos e partes do corpo que não aparentam não ter relação com o órgão do canal em questão.

Quer um exemplo? O ponto Intestino Grosso 4 (IG4) é famoso entre os praticantes de acupuntura por suas amplas propriedades terapêuticas.

Sua estimulação pode abrir as vias aéreas, tratar problemas nos ombros, dores de cabeça (excelente!), depressão, paralisia, estimular a defesa imunológica (wei qi), entre muitas, muitas outras coisas.

Dessa forma, apesar de ser um canal associado ao Intestino Grosso, uma das suas principais ações está associada a regularização de funções dos Pulmões.

Isso fica mais fácil de entender quando você conhece o princípio dos 5 elementos e da relação entre Zhang e Fu, que rege toda a relação entre os órgãos e são a base da Medicina Tradicional Chinesa. Mas isso é assunto para outro post!! 😉

Mas seguindo. Existem centenas de acupontos nos 14 canais tradicionais (isso sem levar em conta os pontos extras!).

E isso é um imenso universo de possibilidades, mas temos que admitir que quase ninguém usa uma amostragem de pontos tão abrangente e, mesmo os melhores acupunturistas, se atém a uma seleção de pontos de algumas dezenas de possibilidades..

E isso acontece porque mesmo com uma amostragem menor, o resultado é excelente.

Na Medicina Chinesa, as ervas medicinais ocupam lugar de destaque.

Em compêndios antigos e respeitados, é recomendado que, antes de partir para o uso das agulhas, a primeira abordagem deve ser feita com o emprego de ervas medicinais.

Diferente da fitoterapia tradicional ocidental, na MTC (Medicina Tradicional Chinesa) a ação das ervas é definida pela sua capacidade de agir nos canais energéticos dos órgãos.

Mas também podemos ir mais fundo e estabelecer algumas relações com determinados acupontos.

Se você, amigo(a) acupunturista estiver tratando síndromes relacionadas com alguns dos pontos relacionados as ervas medicinais abaixo.

Pode, inclusive, experimentar associar algumas destas alternativas para acelerar a recuperação e oferecer alternativas de tratamento entre suas consultas.

Abaixo, como exemplo, listo 5 ervas medicinais brasileiras incríveis e estabeleço uma relação com a função energética de alguns acupontos.

 

Veja as ervas e clique nos nomes para saber mais.

 

CARQUEJA (Bacharis trimera)

A ação desta erva está associada as funções desempenhadas por diversos pontos, principalmente, F3, BP3, VB34 e VB41.

PFFÁFIA (Pffafia paniculata)

A ação da Pffáfia está associada as funções energéticas desempenhadas, entre outros, pelos acupontos E36, R3, R7, B52, BP6 e VG4.

VALERIANA (Valeriana officinalis)

Suas funções energéticas estão associadas a acupontos como F2, C7, ID3, ID8, TA6 e VB31.

EUCALIPTO (Eucaliptus globulus)

Esta erva tem funções energéticas que podem ser relacionadas a ação dos pontos IG4, IG11, P9, P11, B36 e B40.

ARTEMÍSIA (Artemisia vulgaris)

Esta erva é bem conhecida de qualquer praticante de acupuntura, pois é dela que é constituído o, sempre útil, bastão de moxabustão. Mas ela também pode ser utilizada por suas propriedades fitoterápicas internas com ação similar a dos acupontos B63, R5, R8, R10, BP6, F5, F6 e VC4.

 

É importante ressaltar que, a forma de administração da erva, para que possa ter a ação similar ao acuponto, varia de caso a caso.

 

Por exemplo, o Eucalipto, para ter função similar ao acuponto P9, deve ser utilizado na forma de xarope.

Já para ter a função próxima a do ponto IG11 e P11, o Eucalipto deve ser usado na forma de pomada ou unguento.

 

Também é importante saber as melhores dosagens e o tempo de uso de recomendado, de cada planta.

 

Mas o mais importante aqui é apresentar o conceito de que, as ervas medicinais e a acupuntura

têm uma excelente sinergia.

Compreender a função das ervas de acordo com os pontos pode ser uma forma inteligente e direta de aprender a utilizar as plantas certas para cada tratamento.

Se você quiser saber os acupontos de 125 ervas medicinais de fácil acesso, clique aqui para mais informações.

 

Rodrigo Silveira

Rodrigo Silveira

Herborista, Professor e Criador do Ervanarium

2 respostas

    1. Olá Fabiana! A Acupuntura das Ervas Medicinais é um curso no qual eu dediquei 10 anos de pesquisa para estabelecer a relação entre pontos de acupuntura e ervas medicinais. É um curso online com certificação pelo Ervanarium. Você está convidada a se inscrever e participar! 🙂

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